quarta-feira, maio 31, 2006

São Jeremias - Parte I

Muros brancos descascados e riscados pela poeira que saia dos rebocos, mangueiras espalhadas num quintal mal planejado, chão de terra batida e poeira em vez de grama. Animais babando encolhidos pelos cantos, ou seriam pessoas?

terça-feira, maio 30, 2006

O último dia

* Desenvolvido a partir de "Último Dia" de Paulinho Moska

Dizem que nesse dia, o céu foi invadido por imensas bolas de fogo. A multidão sabia que elas viriam, o jornal anunciará uma semana antes. Mas mesmo assim, muitos entraram em pânico.

Carlos abraçava sua esposa calorosamente, trocava palavras ao pé do ouvido, e dizia que a amava quase a cada minuto. Eles tinham suas desavensas, mas o amor era evidente.

Diego percebeu estar distante de todos seus amigos próximos, e a família não poderia chegar a tempo em sua casa. Permaneceu sentado bem no meio do sofá, olhando para nada, como quem se arrepende... [Clique para ler o texto na íntegra]

quinta-feira, maio 25, 2006

Obra-prima

Por conta disso, houve todo um cuidado especial com as primeiras edições. Mas ela foi alvo de várias revisões, talvez uma a cada três meses, não tenho os dados exatos. Nessas ocasiões, eles sempre corrigiam falhas e acrescentavam novidades à nova edição.

O cuidado que tinham - e têm até hoje - com sua obra é um admirável. Depois do primeiro ano - foram quatro edições em doze meses...

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terça-feira, maio 23, 2006

Slogans geniais que jamais serão usados

O título está no plural porque podem vir mais. No momento, apresento-lhes apenas um. É o que minha criatividade permitiu bolar.

Foi quando vi um outdoor divulgando uma formação em sexologia. Não lembro o slogan que eles escolheram, mas esse seria muito bom:

"Curso de sexologia. É de fuder!"

Talvez.

P.S.: Aproveitando que falei de marketing, visitem o boníssimo blog do Saulo, publicitário gente finíssima que conheci zapeando por blogs. O postzinho acima foi inspirado nos posts dele. É óbvio que os do Saulo são infinitamente superiores.

http://www.insanus.org/mujique


Rafael ;)

domingo, maio 21, 2006

Abstratos

Era um fato: O que ele mais amava era a vida.

Mas naquele dia onde tantas palavras foram esclarecidas, tanto amor foi colocado na mesa e retribuido com sorrisos e felicidades, ele pensava, ao se deitar, que naquele dia, e somente nesse, se por acaso, de súbito, morresse, ele morreria feliz. Com a certeza de que tinha sido o melhor que pode, deixando uma história pequena sim, mas completamente valiosa.

TH.

sábado, maio 20, 2006

Chico Buarque na TRIP

"Eu fico vendo este pessoal do PSDB e do PFL indignados na TV. Peraí, vamos falar sério, né? Vocês não podem estar tão indignados, surpresos com o nível de corrupção, que não é maior do que foi no governo anterior. Todo mundo sabe como foi conseguida a malfadada reeleição presidencial [do FHC], que é nociva, na Constituição. Todo mundo sabe o que aconteceu, as falcatruas, as tentativas bem-sucedidas de abafar CPIs. Então fica reduzido a quê?"

Chico Buarque, compositor e escritor brasileiro (como se vocês não soubessem), em entrevista à Revista Trip deste mês. Dá pra ler parte da entrevista no site. Na íntegra, só comprando a revista. Vou ver se pego a minha ainda essa semana.

Descanse em Paz

Eu queria, de verdade, escrever essas palavras de um fôlego só. Sem me atrever a fazer uma correção e leitura repetida. Queria que elas pudessem ser nítidas e tão conjuntas que saissem de mim passando por essas letras e fossem completamente compreendidas.

Aos meus queridos amigos que conquistei deixando aqui essas palavras, faço o meu mais belo sorriso e deixo escrito na alma um grandioso obrigado. As vozes aqui presentes que me proporcionaram tantas felicidades. Aos amores que me deram inspiração ou desamor para escrever minhas lamentações. Aos mestres inalcançaveis que sempre me inspiraram com sua benção.

São 20 anos do tempo em que vivi, e rever tudo em notas em cadernos de 100 e 50 parece muito dificil. Eu andei virando as páginas do passado, lendo tudo que escrevi aqui e não pude deixar de notar uma estranheza naquilo que fiz. Na mudança em cada uma de minhas palavras. Como se antes, no nosso inicio, tudo soava mais solto, natural e que agora posto eu em minha evolução estivesse preso em estilos que nem sei definir. Usando as mesma palavras sobre o mesmo variar.

Pois bem, amigos. Cada ano que passa e me envelhece me transforma em um homem de reflexão. Pensando seus erros, procurando quem foi a responsável por me preender em uma gaiola, quando eu só queria ser livre e voar. Quem me deu o veneno mortal que até hoje corre em minhas veias, não me permitindo ser muito mais além do que poderia ser.

Sim, eu vi muitas coisas desde que nasci, muitas delas que não deveria ser espectador. E agora, vinte anos depois eu estou só num corredor escuro, fazendo do estalar de meus dedos o compasso para a música que devo seguir. Caminhando na minha casa de mil portas, fechando porta a porta e dando inicio a tudo novo. Descobrindo aos poucos que mesmo tendo a força em meus braços, um medo constante abarca meu pensar.

Hoje estou morto e não quero lágrimas no meu sepultamento. Amanha volto, mas célebre, vivo, augusto, com novas palavras no lábios.

Deixo aqui minhas últimas palavras antes de dormir, durmo com a imprevisibilidade do futuro. Deixando meus sonhos para o inferno, a coroa de rei, para só procurar o real. Cessar os vícios não será trabalho fácil. Mas os meus medos devem ser deixados para trás. Durmo com o erro do que foi cometido, sabendo que acordei sábio. Durmo com a vontade de ser o que algumas pessoas dizem que sou.

Dudu, Rafael, que nós sejamos sempre 3 vozes. Que possamos sempre ter o prazer de nos recriar, tecer o fio que nos une. Que sejamos aqueles mesmos garotos que começaram a juntar palavras mas que também sejamos um dia homens que possam com o tempo sentirem que a vida é na verdade simples demais.

Parto agora, e renasço amanhã. Com a ajuda de Deus, me renovo, me transformando em outros eus. Sempre vivo.

Thiago Augusto

sexta-feira, maio 19, 2006

Envelheço Na Cidade

A véspera é sempre algo contundente. Confesso que não queria fazer, amanhã, mais um aniversário. Acrescentar o número 1 em meus Vinte Anos. Se fosse possível um acordo com os astros, um atraso de talvez uns dois ou três meses, um prazo mais esticado, seria de bom grado.

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quarta-feira, maio 17, 2006

Patriotismo

Você iria para a guerra por seu país?

O governo brasileiro vira e mexe nos coloca numa situação delicada, controversa até. Confesso que provavelmente sou tão vocacionado para a política quanto a Carla Perez para a biologia, mas certos acontecimentos realmente não passam despercebidos e perdido em pensamentos tento racionalizar os eventos recentes.


quinta-feira, maio 11, 2006

Poema

A inspiração vem de onde?
Vem da tristeza alegria, do canto da cotovia
Vem do luar do sertão, vem de uma noite fria
vem, olha só quem diria, vem pelo raio e trovão
o beijo dessa paixão.
A inspiração vem de onde?

Transpiração
de Alzira Espíndola
e Itamar Assumpção

Disse um poeta após finalizar seu último poema que aquele foi a obra prima. A volta definitiva as asas da inspiração que ninguem sabe da onde vem. O texto inspirado em uma musa distante, estrangeira de algum trem, que sempre o visitava. Através dos gestos tão suaves da moça, disse o poeta, que as idéias começaram a nascer em sua cabeça, como uma linda música clássica, e ao colocar todas essas idéias no papel tinha criado, então, o já falado poema.

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Os bastidores do subúrbio

Não tinha nem ventilador, o lugar. Apenas alguns poucos móveis. Se bem me lembro: uma cama, uma escrivaninha, um pequeno guarda-roupa, e só. O que, na verdade, não importa. O fato de aquele quarto ser um simples – em todos os sentidos que possam existir – quarto, não diminui a importância do ocorrido dentro dele.

Foi há muito tempo. Algo aconteceu ali, e ninguém jamais soube. Nem eu. Quando finalmente percebi a gravidade do que ocorrera, dois anos haviam se passado. E muita coisa mudou...

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domingo, maio 07, 2006

Antigas tradições - Parte Final


Escuro, estrelas no céu, corpo doído, sentidos confusos. Olhei ao redor e continuava no lago, senti meu celular que vibrar, haviam várias chamadas não atendidas do mesmo número que ligara o policial, o que teria acontecido comigo? Estava atordoado e assustei-me quando descobri que já passara 6 horas. Levantei-me e corri como jamais correra na vida.

sábado, maio 06, 2006

O Velório

Logo depois me disseram que, pouco antes de entrar, tive um ataque. Minhas pernas fraquejaram e fui quase carregado para o interior. Eu só me lembro de ir cambaleando até aquela marca, com medo de colocar meus olhos sobre ela.
Quando dei por mim, de olhos bem abertos, percebendo quem estava ao meu redor, vi que estava na frente do caixão. Eu olhava para frente, ao horizonte, mas meus olhos já visualizavam aquela imagem serena logo abaixo de mim.

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sexta-feira, maio 05, 2006

Cenas lamentáveis

Hoje eu torcia pelo Corinthians. Comemorei o gol do Nilmar. Torci para que o time se classificasse para a próxima fase da Taça Libertadores da América, campeonato pelo qual valia o duelo brasileiro e argentino.

Tudo era festa no estádio do Pacaembú, local do jogo, até o River reverter o placar. Para quem não assistiu ao jogo, um resuminho: o time paulista fez um gol no fim do primeiro tempo. Na segunda etapa, o River Plate empatou, virou, e estava a caminho de golear o Corinthians. O placar era de 3 a 1, aos 37 minutos do segundo tempo... [Clique para ler o texto na íntegra no blog Paralelos]

quinta-feira, maio 04, 2006

E o Josias de Alvarenga?

E vou logo pedindo perdão a algum possível Josias de Alvarenga que por ventura exista e leia este textinho. O nome me veio à mente sem motivo especial, pois nunca conheci indivíduo com essa alcunha.

Estava aqui a refletir sobre as generalizações que às vezes fazemos. Às vezes, nem tanto nós. Mas sim, eles. Os outros.

Por exemplo... [Clique para ler o texto na íntegra]

terça-feira, maio 02, 2006

Antigas tradições - Parte II

Levantei logo cedo, nem sinal do moleque. Fui para as compras e resolvi dar uma passada num lugar que costumávamos visitar com meu avô, uma loja de especiarias que ficava bem no centro da feira de alimentos. Com dificuldade encontrei a ladeira que levava ao beco onde o velho William sobrevivia com suas ervas e conselhos. Era um beco escuro e vazio como todo lugar macabro parecia ser, entrei um pouco hesitante.