segunda-feira, junho 13, 2005

Me and You

("You" também deve se lembrar disso)


"O Amor que chega sem dar aviso, não é preciso saber mais nada." Zeca Baleiro in Quase Nada

Eu e ela sentados no banco da praça. Quando vejo se aproximar um homem com algumas coisas na mão.
- Mas veja só o casal apaixonado - E se ajoelha perto de mim.
- Olha aqui amigo - E me mostra flores. De plástico. Que não morrem. - Você não quer comprar uma dessas?
Olhei por alguns segundos as flores, percebi que vinham acompanhadas de um versinho feito a mão. Provavelmente improvisado pelo vendedor horas antes de sair de casa.
- Eu não quero não, muito obrigado. Primeiro que - e talvez quase utilizei uma frase comum - essas flores realmente não se comparam a ela.
E antes de terminar minha frase, ele ainda tentou mais uma investida. Mas insisti.
- Eu sou poeta, meu amigo, ela sabe - e a fitei - que meus versos são pra ela.

Murmurando um "tudo bem", o vendedor saiu desolado. Continuei por alguns instantes em silêncio. Depois não resisti e perguntei a ela:
- Ele realmente estava achando que eu ia comprar uma daquelas flores? Ele realmente tinha esperança disso?

Pois ainda prefiro as flores de verdade. Elas combinam bem mais com borboletas.

Thiago Augusto

2 Comentários:

Às 1:37 AM , Anonymous Anônimo disse...

...
Rafael

 
Às 12:20 AM , Anonymous Anônimo disse...

Também concordo!as borboletas são a alma das flores !

 

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