quinta-feira, junho 09, 2005

O tempo e o artista - II

II

Imagino o artista num anfiteatro
Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
Tendo o mesmo artista como tela

(Tempo e Artista - Chico Buarque)


A Esperança Equilibrista

Como artista, devo confessar como às vezes minhas palavras saem, assim, simples e ficam escondidas em um caderno por ai.
Passa algum tempo e certas palavras que nem mesmo sabia ter criado me aparecem escritas, com minha letra, minha emoção.
O que parecia banal, muita vezes se torna sábio e muito confortável de ler. Embora alguma vezes encontro aquele poema que seria dedicado para alguém e que nunca teve fim.
Faltou substância. Emoção. Amor.
Pequenos fragmentos que surgem de mim mesmo. Filhos inacabados perdidos pelo tempo e pelo amor. Orações esdrúxulas que sempre ficarão ao léu.
Talvez uma ou duas frases possam ser reaproveitadas. Mas o que mais me emociona nessa arte, é que ao contrario da vida, meu erros não me afligem. Me completam, mostrando que sou, assim como todos, um homem de idéias e emoções que nem sempre nos completam.
É o meu desafio: no próximo, mostrar quem realmente sou. Fazer com que minha verdade se espelhe no papel. Toque a alma do leitor.

Escrever é uma arte. Eu sou um artista. Mãos a obra!


Thiago Augusto
(08/03/04)

1 Comentários:

Às 6:40 PM , Anonymous Anônimo disse...

O final do bloqueio é um impulso veloz e forte!
Fragmentos meus estão por aí também... as vezes da ontade de juntar tudo num copo e tomar, mas nem dá...

 

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