Espaços em Dó Maior
(O autor deixou esse espaço para iniciar uma introdução. Mas seu pensamento já estava longe demais do seu próprio inicio e as dores já o tinham coberto com tanto desprezo que nem ele próprio conseguiu recordar suas próprias palavras)
E confesso que às vezes penso em abandonar a pena. Mas talvez seja exatamente minhas palavras o único gesto que tenho. E - quase como uma prostituta - as vendo para qualquer um que queira ler.
Pensaria em fumar se gostasse disso, - só para ter o sabor masoquista de sentir meus pulmões sendo agredidos pela droga. Poderia talvez fazer uma sangria como em tempos antigos. E deixar o sangue quente e ruim escorrer fora de minhas veias.
Há momentos que penso em contar toda minha vida no papel. Expor cada personagem para no final, no grande ato, eu declarar todos meus defeitos. E talvez me sentir inebriado pelos aplausos achando que talvez meus desafetos possam ter valido alguma coisa.
Então esqueço disso tudo, já sabendo que talvez meu fluxo de consciência seja tão igual quando a estética de tudo aquilo que chamo de minha arte.
No final, ser estúpido, sem retórica e sem necessidade me soa mais belo do que ser o que poucos homens são. Já que meu estado e meus pensamentos agora me transformam em alguém a procura de uma explicação que talvez nem exista. E que ainda assim meu coração insiste em procurar.
Essa descoberta que nasce ao perder a ignorância é uma prisão sem barras que massacra nosso coração que não pode localizar a dor. E minhas várias palavras soam ridículas ao saber que muitos já sentiram a mesma catarse que sinto agora.
O mundo continua não sendo cruel e nem vil. O que insisto em perguntar é saber o que fizemos. E ainda me perco olhando o vazio indagando a mim mesmo "o que eu fiz?".
Peguei a felicidade, arma quente com pólvora de sangue, e apertei o gatilho. Atirei na razão. Que se multiplicou e transformou-se em minha loucura mas não me faz babar pelos cantos. E dela nasceu o labirinto que hoje estou.
Os fios são do móbile que eu mesmo me tornei, que assim como o autor dessas palavras se agita em meio a um furacão.
Voltei a minha introspecção e tenho pena dela. Eu escrevo só por minha própria compaixão mas já me disseram que os escritores escrevem só para si mesmos.
(O autor queria finalizar de uma forma completa que soasse um texto reflexivo a quem o lesse, porém, em seus pensamentos já não mais existia espaço para qualquer poética e ele acabou por deixar o escrito aos meios e mandou para a tiragem inicial).
E confesso que às vezes penso em abandonar a pena. Mas talvez seja exatamente minhas palavras o único gesto que tenho. E - quase como uma prostituta - as vendo para qualquer um que queira ler.
Pensaria em fumar se gostasse disso, - só para ter o sabor masoquista de sentir meus pulmões sendo agredidos pela droga. Poderia talvez fazer uma sangria como em tempos antigos. E deixar o sangue quente e ruim escorrer fora de minhas veias.
Há momentos que penso em contar toda minha vida no papel. Expor cada personagem para no final, no grande ato, eu declarar todos meus defeitos. E talvez me sentir inebriado pelos aplausos achando que talvez meus desafetos possam ter valido alguma coisa.
Então esqueço disso tudo, já sabendo que talvez meu fluxo de consciência seja tão igual quando a estética de tudo aquilo que chamo de minha arte.
No final, ser estúpido, sem retórica e sem necessidade me soa mais belo do que ser o que poucos homens são. Já que meu estado e meus pensamentos agora me transformam em alguém a procura de uma explicação que talvez nem exista. E que ainda assim meu coração insiste em procurar.
Essa descoberta que nasce ao perder a ignorância é uma prisão sem barras que massacra nosso coração que não pode localizar a dor. E minhas várias palavras soam ridículas ao saber que muitos já sentiram a mesma catarse que sinto agora.
O mundo continua não sendo cruel e nem vil. O que insisto em perguntar é saber o que fizemos. E ainda me perco olhando o vazio indagando a mim mesmo "o que eu fiz?".
Peguei a felicidade, arma quente com pólvora de sangue, e apertei o gatilho. Atirei na razão. Que se multiplicou e transformou-se em minha loucura mas não me faz babar pelos cantos. E dela nasceu o labirinto que hoje estou.
Os fios são do móbile que eu mesmo me tornei, que assim como o autor dessas palavras se agita em meio a um furacão.
Voltei a minha introspecção e tenho pena dela. Eu escrevo só por minha própria compaixão mas já me disseram que os escritores escrevem só para si mesmos.
(O autor queria finalizar de uma forma completa que soasse um texto reflexivo a quem o lesse, porém, em seus pensamentos já não mais existia espaço para qualquer poética e ele acabou por deixar o escrito aos meios e mandou para a tiragem inicial).
Thiago Augusto
1 Comentários:
Esse eu ainda não tinha lido...
Eu gostei como sempre!
=)
sem mais!
Um Beijo Thi!
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