domingo, setembro 11, 2005

Crimes Sem Culpa

* É com orgulho que Thiago Augusto informa aos leitores dos Três Vozes que esse conto marca o trecentésimo post (300º) do nosso blog.

O mundo anda ao contrário só para mim. Fui mal visto quando trazia no peito a paz. E cumprimentavam me com sorrisos quando me banhava de tristeza.
Deixei uma paixão fugaz sem me consumir e fui tratado como canalha. Nutri um grande amor por alguém que - disse que - me amava e perdi as flores no final. O mundo anda ao contrário só pra mim.
Me apaixonei pela terceira vista por uma garota, não era uma Amélia mas caia no samba. Fui sincero, fiz votos, flores, poemas. De tanto gingar me derrubou no chão.
Nosso amor tinha ido embora. Mas pra ela, a história foi só um filmes desses da tv. Acabou, ela mudou de canal, foi assistir novela. Mas pra mim, pobre de mim, fui conhecer a rua dos infelizes, chorando, cachaça, tristeza, esperança.
Mulheres. Quem deveriam entende-las? Mas foi uma que me mostrou o caminho certo. Foi assim: Eu descobri que se você ama pouco, você perde a garota. E ela me disse que amor demais, do bom, do sincero, do puro, que é melhor do que tudo na vida, daqueles que é o motivo pra que nós vivemos, assusta as pessoas. E dá medo se entregar pra outra pessoa com uma imensidão tão linda dessas.
Foi então que eu parei, pensei, tomei um banho pra clarear as idéias e resolvi que se meu amor é grande demais, do bom, do puro, e assusta alguém que quero chamar de meu amor. Tenho que ter dois deles.
Foi o que falei, "Terei dois deles". Mas o povo não gostou muito da idéia, "Qual é, Augustinho? Ficou maluco? Vai ter duas mulheres pra uma vê a outra e criar problema?". Mas tentei explicar a idéia. "Seu Geraldo, se eu tenho uma e não do amor ela me larga. Se eu amo uma e faço tudo, ela me diz que é amor demais, então vou ter duas. Divido meu amor. 12 horas cada uma. 'I love you, morena' pra uma , 'vem cá, meu benzin' pra outra e estamos feitos. Mas eu não sou canalha pra não amar as duas de verdade. Aqui o sistema é sério. Vai ser de coração."
E eles não me levaram a sério. Diziam que era loucura. Mas a culpa é minha? Eu tenho culpa, meus senhores? Meu pecado é amar. Tentei uma vez. Outra. E todas elas vão embora quando tudo está perfeito. Cansei. Vou dividir tudo. Nem que elas se revezem por dia.
Não sou culpado de minha própria sentença. Sou uma vítima do maior pecado da humanidade: O medo do infinito.

Thiago Augusto
(10/09/05)

2 Comentários:

Às 2:40 PM , Anonymous Anônimo disse...

safado! roubou a glória pra si! não vale! eu deletei um post meu, então o meu poema é o número 300 uagauauhhuahuahuahuahua zoeira. fui! Rafael

 
Às 6:54 PM , Anonymous Anônimo disse...

O amor da forma q vc sabe amar n pode e não deve ser dividido, ha de existir uma mulher disposta a viver esse amor do começo ao fim com cv.Se é q ele vai ter fim. Terê, isso é pra vc, e não para o outor porq o autor me deixa confusa ele sempre está tentando esconder algo de mim...
bjinho
Eli

 

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