terça-feira, dezembro 06, 2005

Por trás de um motoboy

Não sei como são chamados esses profissionais autônomos que fazem entregas de encomendas e transporte de pessoas à bordo de motocicletas em outros locais do Brasil. Não deve ser muito diferente daqui, da Bahia. "Motoboy" ou "mototáxi". Espero que só existam essas duas variações. Mais que isso é um desperdício de letras, além de um excesso de criatividade dispensável.

Não é aconselhável andar com qualquer motoqueiro. Para falar em tragédia, uma ex-colega minha de trabalho (ela continua na empresa, eu não) estava na garupa de um deles pensando que chegaria em casa logo, pois seu filho precisava de cuidados - ele é uma criancinha ainda - quando em poucos segundos tudo acontece e ela está no chão - felizmente não muito machucada, mas teve de passar bons 15 dias de atestado. O motoboy, todo coberto, não teve mais que uns poucos arranhões, e um senhor está estirado, morto, no meio da avenida. O motoqueiro se mandou, óbvio.

Essa e muitas outras histórias me fazem pensar duas vezes antes de pegar um motoboy, sobretudo de dia, quando o movimento nas ruas é bem maior.

É à noite que faço mais uso deles, mas apenas de conhecidos. Geralmente com o mesmo cara, sempre. Que já virou amigo, pode-se dizer. Vira e mexe está levando algo a pedido de minha mãe, ou até ela própria, justo ela que tem trauma de moto - sofreu um acidente quando tinha minha idade, mais ou menos.

Um dia desses hoje precisei chegar correndo num lugar e não tive escolha: tive de pegar um motoboy. Acabei indo no mesmo ponto em que minha colega havia ido no fatídico dia do acidente.

Estavam dois parados. Um mais jovem e um que aparentava uns 35 anos. O mais novo saiu para outra corrida. Achei bem melhor, pois aquele "senhor" deveria ser mais prudente, não iria correr tanto. E eu estava certo. Não fosse por um detalhe: ou ele é barbeiro ou estava praticamente dormindo na moto.

Ao dobrar uma esquina meu joelho passou raspando por um poste. Perto do local onde eu iria "desembarcar", ele passou tão perto de um carro que meu pé quase foi esmagado.

Exageros à parte, está tudo bem comigo. Com ele também, espero. Porque do jeito que ele estava, nunca se sabe...



Rafael Rodrigues

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