Eu, eu mesmo e os vendedores dos outros
Não poderia falar dos clientes sem falar dos vendedores. Um não existe sem o outro. É como a história do ovo e da galinha. Quem veio primeiro?
Pois então.
Meus amigos comentaram que existem vendedores chatos. Preciso ser ético e não posso falar de meus colegas de trabalho – se bem que a bem da verdade, apenas um ou dois são chatos. Mas posso perfeitamente falar mal de vendedores que já me atenderam, e dos quais eu não gostei nem um pouco.
Existe aquele que lhe avalia pelo que você está vestindo. Essa foi a primeira coisa que aprendi a não fazer quando comecei a trabalhar no comércio. Nunca julgar alguém pelas roupas que veste, primeira lição que deve ser aprendida por quem trabalha com vendas.
Como naquela vez em que fui comprar uma camisa do meu time de coração, o São Paulo Futebol Clube:
- Você tem a camisa oficial reserva do São Paulo?
- Olha, tem a réplica aqui que está por...
- Não, eu quero a oficial.
- Mas a réplica é a mesma coisa, e está mais em conta.
- Você tem a oficial ou não?
- Não.
- Então ok, obrigado.
Isso porque eu e um amigo estávamos de short, camisa e sandálias Havaianas? Hoje em dia até Gisele Bünchen usa Havaianas.
Tem também aquele vendedor que fica opinando sobre o que você deve levar, mesmo sem você ter pedido opinião alguma: “ai, essa é linda!”.
Semelhante a esse – pois é chato do mesmo jeito – tem aquele que simplesmente fica no seu pé, e você mal pode escolher nada. Ele não para de trazer mais e mais peças, lhe mostrando tudo e dizendo que isso está na moda, aquilo está em alta, aquele outro ninguém mais usa... Deveras um porre.
Não posso esquecer do desinformado. Você entra na loja, e ele chega todo cheio de pose. Geralmente te atende mal e é arrogante. Quando você pergunta o preço de alguma coisa ele vira pro lado e grita “fulano, qual o preço disso aqui?”. Nunca sabe de nada, mas fica de nariz empinado. Quer ser o gerente e não pode.
Alguns são sem noção. Toscos mesmo. Dão a opção ao cliente para depois dizer que não tem mais o produto em estoque. Um dia desses procurei um mp3player pra comprar.
- Cara, você tem mp3player aí?
- Não. Aliás, tenho sim, um minuto.
Fui atrás.
- Tem esse aqui que custa...
- Certo. Ele tem capacidade pra quantos mega de música?
- Você tem que comprar o cartão de memória. Tem de 64, 128 e 256 mega.
- Quanto é o de 256?
- A gente tá sem o de 256 aqui.
- E o de 128?
- Também estamos sem.
Perguntei quanto era o de 64 só por curiosidade. Ouvir somente um cd num mp3player? Sem chance. Mas toda essa má impressão é apagada quando você entra numa loja, e é bem atendido. Ainda existem vendedores que são simpáticos, sabem se expressar, não te aporrinham, não ficam no seu pé. Deixam você à vontade e dizem “quando precisar é só chamar”. E pronto. Não precisa fazer mais nada.
Rafael Rodrigues
2 Comentários:
Muito engraçado e tudo isso é verdade realmente... Acho que vc é um bom funcionario :P
Ah sim. vendedores malas sao chatos.
Eu odeio escolher roupas com eles opinando. Eu sei o q eu gosto. E dai que está na moda? Eu nao sigo a moda ao pé da letra. Sigo meu bom senso...
Th//
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