quinta-feira, maio 26, 2005

Monique - A Usurpadora

De acordo com a data salva no documento, foi em 24 de março de 2001 que escrevi as primeiras frases daquilo que hoje chamo de minha "composição escrita". Ainda me esforço para lembrar se antes disso deixei em algum documento virtual ou ainda mesmo em um papel algum escrito primitivo que poderia chamar de "Meu primeiro texto".
Talvez depois, anos no futuro, quando achar algum caderno ou revista velha eu perceba que antes mesmo de pensar em escrever eu já possuía algo escrito. Mas decidi por falta desses documentos pré-históricos deixar o texto do dia 24/03/01 como meu marco inicial.

O texto era uma idéia recém criada. Uma trama que se desenvolvia a partir de uma mulher... Cujo nome me aflige em contar a vocês, leitores. Não possuo nada contra o nome em si, mas o jeito que ele soava parecia uma trama mexicana.

Monique. Ela se chamava Monique. Seria uma personagem densa e esférica que eu não saberia desenvolver. Tão intensa que, de alguma forma que eu nem tinha imaginado, iria deixar alguns homens aos seus pés e quando ela menos poderia esperar uma reviravolta aconteceria e um dos homens encantado por ela jogaria tudo na cara e ela finalmente deixaria de ser tão fria para perceber todos os erros que cometeu durante sua vida.

O texto me constrange agora. Monique, minha primeira idéia, era tão estúpida e idiota quanto, talvez, a pessoa que a inspirou. E como se não bastasse minha idéia brilhante, comecei o romance pelo meio. Pelo fim, na verdade. Iniciei-o na reviravolta, e minha primeira frase, meu marco, é tão ruim quanto Maria Do Bairro.

"Eu nunca pensei que você poderia fazer isso. Na verdade eu sempre acreditei que você não havia feito... Você me decepcionou"

Tudo bem. Podem rir agora. Eu espero. Faço alguns minutos aqui, dou uma volta pela casa, enquanto os leitores se recompõem depois de uma farta gargalhada.

Mas Monique sempre estará presente em minhas memórias. Como o meu Quasímodo. Uma história ruim que nunca acrescentaria mais palavras, mas que foi minha primeira fagulha de história.

Talvez o único motivo de contar sobre ela é saber que depois de 4 anos eu possa sentar em meu computador ou abrir meu caderno e criar alguma história que não seja tão estúpida como ela.

Monique provavelmente faria sucesso entre "Sabrina" e "Bianca", mas definitivamente ela está bem onde está: Em um memória antiga, mal escrita e no passado. Longe. Bem Longe.

Thiago Augusto

1 Comentários:

Às 7:05 PM , Anonymous Anônimo disse...

Certo! Mas, diga-se de passagem, a Maria do Bairro era uma personagem muitíssmo gostosa. Me lembrou uma personagem de Pedro Almodóvar no livro Fogo nas Entranhas!

 

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