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Atividade dos bombeiros salva prédio de possível desastre
Um apartamento do centro pega fogo mas não deixa feridos
Por Thiago Augusto
Ocorreu nessa noite um incêndio em um apartamento no ultimo andar do edifício Bandeirantes situado a quadra dezoito da rua Armênio Fraga. O fogo se alastrou por todo o apartamento mas graças a atividade rápida dos bombeiros não passou para a casa vizinha. Os bombeiros acreditam ser um incêndio criminoso. A casa entrou em uma rápida combustão devido ao grande numero de livros, artigos e diários que estavam ocupando uma grande extensão do apartamento. Felizmente o acidente criminoso não trouxe vitimas. A investigação será iniciada assim que possível. Todos os moveis foram queimados e apenas um único diário foi recuperado intacto, trazendo apenas uma única anotação sem assinatura, que está transcrita abaixo.
"São cinco da manha exatamente, eu escuto uma canção estranha, que não deveria ser ouvida agora. E mesmo que ela seja assim tão simples e comum, desperta em mim, pela veracidade de suas palavras um sentimento diferente.
Eu penso em você neste momento e quase chego a pegar meu telefone e discar seu numero. Te acordar só para ouvir suas palavras, mesmo que mal articuladas pelo sono recém despertado. Para eu dormir em paz. Sei que enquanto não tiver o tom de sua voz aos meus ouvidos, não ficarei descansado. O tempo passará mais devagar por isso.
É provável que neste momento você esteja dormindo, e afinal, como é que você dorme? Qual é a face serena que faz enquanto vive seu mundo de sonhos?
Meu dedo sangra, eu me cortei tentando abrir a comida que degustei essa noite. A caneta aperta exatamente sob meu corte, e minha letra se destoa das demais por esse leve infortúnio.
Tenho quase certeza que esse texto é pra você e acredito que sabe disso. Pode identificar aquilo que talvez eu já tenha te dito? Ou será que apenas ficou no silencio das palavras que nunca vão habitar esse mundo?
Eu odeio o que escrevo agora, pela repetição de palavras e outras coisas que eu acho que já escrevi nesse papel... Para ninguém... Será que você será quem irá me ouvir?
Que estranho... Parece escuro, alguém me ouve? Eu não ligo para a escuridão, e nem tenho motivos para chorar, por culpa sua e de outras poucas pessoas. Na verdade eu não quero que eles nem você me façam chorar. Já foram lágrimas demais dentro de meu coração. Ao menos eu acho. Mas sempre existe uma história mais triste do que a sua. Aquela que seu coração enche de lágrimas só de ver o seu inicio. Ou talvez uma história que te assuste só de imaginar, como a do livro que eu terminei hoje.
É. Definitivamente esse texto é seu. Olhando em cada detalhe, você está nessas palavras. Seu nome se forma em cada uma delas de forma abstrata e indecisa, meio que receosa ainda para se formar. Você quer o quê? Que elas se formem ou vão embora?
E é isso que eu quero? Sim, embora relutante não pelo sim, mas pelo não, era dessa forma que eu imaginei que aconteceria, quase que involuntariamente. Eu só deixei a caneta me guiar. E eis que estou aqui, quase no final de uma pagina.
O que você quer? Eu só falei de mim por enquanto. Então abra seus braços e diga daquilo que você tem medo, que eu farei o possível para tentar acabar com tudo aquilo que te assusta...
Eu escrevo para quem? Alguém ou você? Poesia ou narração? Diário ou uma linda ficção?
O que você quer? Você prefere rosas ou margaridas para eu levar de manhã quando você despertar? O que prefere? Atingir a seta no alvo ou partir comigo, quem sabe, rumo ao nada? Já me disseram que o nada é relativo.
E você? O que pensa agora, enquanto lê tudo isso aqui? Sentimental demais... Inútil? Eu preciso descansar um pouco enquanto você repousa seu olhar nestes rabiscos.
Talvez existam perguntas que não devem ser feitas. Se explicam por si mesmas por simples gestos. Me diga, se eu fechasse meus olhos, você poderia me guiar?"
A imobiliária informou que o proprietário do apartamento viaja a negócios e está fora do país e que ainda não foi possível encontrá-lo. Qualquer pessoa que seja capaz de localizar o proprietário, faça-o com urgência.
"São cinco da manha exatamente, eu escuto uma canção estranha, que não deveria ser ouvida agora. E mesmo que ela seja assim tão simples e comum, desperta em mim, pela veracidade de suas palavras um sentimento diferente.
Eu penso em você neste momento e quase chego a pegar meu telefone e discar seu numero. Te acordar só para ouvir suas palavras, mesmo que mal articuladas pelo sono recém despertado. Para eu dormir em paz. Sei que enquanto não tiver o tom de sua voz aos meus ouvidos, não ficarei descansado. O tempo passará mais devagar por isso.
É provável que neste momento você esteja dormindo, e afinal, como é que você dorme? Qual é a face serena que faz enquanto vive seu mundo de sonhos?
Meu dedo sangra, eu me cortei tentando abrir a comida que degustei essa noite. A caneta aperta exatamente sob meu corte, e minha letra se destoa das demais por esse leve infortúnio.
Tenho quase certeza que esse texto é pra você e acredito que sabe disso. Pode identificar aquilo que talvez eu já tenha te dito? Ou será que apenas ficou no silencio das palavras que nunca vão habitar esse mundo?
Eu odeio o que escrevo agora, pela repetição de palavras e outras coisas que eu acho que já escrevi nesse papel... Para ninguém... Será que você será quem irá me ouvir?
Que estranho... Parece escuro, alguém me ouve? Eu não ligo para a escuridão, e nem tenho motivos para chorar, por culpa sua e de outras poucas pessoas. Na verdade eu não quero que eles nem você me façam chorar. Já foram lágrimas demais dentro de meu coração. Ao menos eu acho. Mas sempre existe uma história mais triste do que a sua. Aquela que seu coração enche de lágrimas só de ver o seu inicio. Ou talvez uma história que te assuste só de imaginar, como a do livro que eu terminei hoje.
É. Definitivamente esse texto é seu. Olhando em cada detalhe, você está nessas palavras. Seu nome se forma em cada uma delas de forma abstrata e indecisa, meio que receosa ainda para se formar. Você quer o quê? Que elas se formem ou vão embora?
E é isso que eu quero? Sim, embora relutante não pelo sim, mas pelo não, era dessa forma que eu imaginei que aconteceria, quase que involuntariamente. Eu só deixei a caneta me guiar. E eis que estou aqui, quase no final de uma pagina.
O que você quer? Eu só falei de mim por enquanto. Então abra seus braços e diga daquilo que você tem medo, que eu farei o possível para tentar acabar com tudo aquilo que te assusta...
Eu escrevo para quem? Alguém ou você? Poesia ou narração? Diário ou uma linda ficção?
O que você quer? Você prefere rosas ou margaridas para eu levar de manhã quando você despertar? O que prefere? Atingir a seta no alvo ou partir comigo, quem sabe, rumo ao nada? Já me disseram que o nada é relativo.
E você? O que pensa agora, enquanto lê tudo isso aqui? Sentimental demais... Inútil? Eu preciso descansar um pouco enquanto você repousa seu olhar nestes rabiscos.
Talvez existam perguntas que não devem ser feitas. Se explicam por si mesmas por simples gestos. Me diga, se eu fechasse meus olhos, você poderia me guiar?"
A imobiliária informou que o proprietário do apartamento viaja a negócios e está fora do país e que ainda não foi possível encontrá-lo. Qualquer pessoa que seja capaz de localizar o proprietário, faça-o com urgência.
2 Comentários:
Pois é Thiago, hoje é o meu dia...
mto manero =)
Dudu
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