sexta-feira, setembro 16, 2005

Augustus - Parte IV

Leia: Augustus - I , II , III

IV

Vejo nos casais uma felicidade falsa que não tenho e nem compreendo.
Casais se tornam tão apáticos vivendo em seus feudos como todas as
pessoas que exalam sua apatia. Mesmo depois de um calor de um abraço.
Oh, vã lamentações que faço...
Mas meu destino é tão incerto. Quanto essas mal traçadas linhas.
Já ontem na estação me contaram que o trem que esperava
Passara mais cedo. E assim o perdi.
E mais tarde descobri que meu amor - citado em linhas de outrora -
estava dentro dele, indo embora, levando não só as malas, os vestidos passados, mas também meu coração. Levou embora meu relicário precioso.
Deveria eu buscar quem me transplanta-se um novo conjunto de meras carnes ou espero para que ele nasça de novo?
Horas que penso em viver sem nada a corroer-me na caixa toráxica,
seria sem medo alguém por completo.
Nada é mais tolo do que todo sentimento.
E somente falo porque desse cálice já muito provei.
Mas por mau ventura só o mau pude encontrar;
Quem me trouxe afeto era tão menor e tão pequeno que até a forca
que tenho em minhas lagrimas foram maiores do que elas.
E jogo a culpa em mim mesmo, maior que o espelho e não menor que
a palidez que sinto agora.

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