sexta-feira, janeiro 06, 2006

Postado em 15/05/2005


Muitos cientistas começaram teorias e mais tarde "verdades científicas" estudando a si mesmos. Freud analisava seus próprios sonhos, Tichener fazia introspecções dele mesmo e por aí vai... A auto-análise diz muito, mas não é disso que venho falar. Quero falar da conclusão chegada por um amigo - o qual não revelarei o nome em benefício de sua reputação como ser dito "normal".
Você entrou em relacionamentos difíceis? Com amigos, namorados, colegas de quadra? E fica se perguntando se colou chiclete na cruz, atrás da cabeça do homem, se é karma ou se costuraram sua foto na boca de um sapo, colocaram na barriga de uma galinha preta e jogaram numa encruzilhada? A resposta é mais fácil do que você imaginaria... A CULPA É SUA.

Geralmente as pessoas que reclamam ter relacionamentos difíceis não percebem uma coisa: pessoas parecidas ou iguais a nós não nos atraem. Geralmente, se o faz, não é pela pessoa: você apaixona-se por si mesmo. Isso mesmo. Estou falando do narcisismo que é mais comum do que o percebido. Em muitos casos, mas não em via de regra, talvez apenas o caso das pessoas que dizem sempre se envolver com pessoas erradas. São atraídas por essas pessoas tão diferentes, tão instáveis, tão complicadas... Os sujeitos apaixonam-se pela possibilidade de conviver com a diferença, com aquele problema a ser resolvido, o risco a ser corrido... Atrai e é atraído pela instabilidade - assim como somos por doces mais do que por carnes em putrefação. É um mecanismo "incontrolável" quando imperceptível, ignorado, subestimado.

Conhecer a si mesmo é um fator positivo para uma vida saudável no geral. A auto-aceitação, o auto-conhecimento, nos faz senhores de nossas vontades ao invés de escravos e vítimas delas. Nossas emoções são presentes biológicos herdados e aprimorados ao longo da vida e não espetos encravados em nossos "corações". Devem sempre (sem medo do erro de falar sempre) ser dosados e guiados pela razão, porque se ao menos insistir no erro, vai com tudo preparado pro caso de dar errado. Afinal, a razão também arrisca: é razão, mas não uma chata. Desde que ande de mãos dadas com as emoções. Sem medo de apostar, se doar, abrir mão e viver. Que chato seria também se fosse tão fácil.


Eduardo Leite

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