segunda-feira, fevereiro 13, 2006

A Velocidade Do Som

* Postado originalmente em 15/05/2005


Não era tão tarde da noite. O telefone tocava sem saber quem era. Sem saber que em um dos lados eu usava a linha para me comunicar.

Eu chorei nesse dia por algum motivo que eu não consigo me lembrar. Mas quando a tristeza me abraça novamente eu lembro dos dias que chorei, mas o motivo sempre me falha.

Esperei uma palavra amiga, que não veio. Um beijo de namorada que não existiu. E um troféu em um pódio que eu nem mesmo competi.

Minha vida se divide entre miserável e maravilhosamente miserável. Mas acho que eu colhi o que plantei, certo? Mas e se nunca imaginei plantar nada o que agora nasce para eu colher? E afinal para aonde eu vou levar isso tudo se minha casa é demais pequena para caber qualquer um? Ao contrário de meu coração.

Aqui do alto as coisas parecem diferentes. É tarde da noite, eu gostaria que o vento cortasse meu rosto em mil pedaços. Os carros lá embaixo parecem minúsculos assim como as lágrimas.

O que eu desejo procurar entre os homens talvez seja inalcançável ou trabalhoso demais. E tudo me cansa antes mesmo de começar. Já que tudo o que tenho nunca é completo. É como um quebra cabeça que me falta sempre muitas peças, que não acho em lugar algum, pois sempre estão longe demais.

Quando do outro lado do telefone alguém atendeu, eu esperei por uma ajuda que nem lembro se veio. Só sei que aquele dia eu chorei esperando que talvez a pessoa do outro lado pudesse resolver todos meus problemas.

Eu queria me jogar daqui de cima, simplesmente para sentir o vento por todo meu corpo. E para, ao menos uma vez, eu sentir somente o sabor da liberdade.


Thiago Augusto

1 Comentários:

Às 9:21 AM , Anonymous Anônimo disse...

Velocidade do Som... Hum... que texto triste Thi...
Bjos

 

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