Ponto de partida
Enfim chegava sua hora de partir. Despediu-se dos amigos, da família, do trabalho. Era toda uma vida que ele deixava para trás.
Trinta anos. Como passa rápido não? “O tempo não pára...” cantarolou. É verdade, o tempo não pára.
Em trinta anos ele fez de tudo um pouco. E viveu bastante. Teve uma bela infância. Muito mimado pelos pais, sempre teve tudo o que quis. Foi crescendo e percebendo que nem sempre se consegue o que se quer. Na adolescência percebeu-se diferente dos colegas. Era mais discreto, calado. Tinha fama de intelectual, apenas pelo fato de gostar de ler e de estudar.
Alcançou a maioridade e passou a ver a vida de uma forma diferente. Na verdade, passou a entender algumas coisas e aprendeu que o mundo - e a vida - não é uma maravilha.
Durante seus trinta anos vividos, colegas teve inúmeros. Amigos de verdade, poucos. Mulheres não foram muitas, apenas o bastante. Preferia solidão ao sofrimento do fim de uma relação. No trabalho fizera sucesso. Competência nunca lhe faltou, e a recompensa era o crescimento dentro da empresa. O que incomodava era a rotina. Precisava se libertar daquilo, da prisão do dia a dia.
Queria ir embora dali, viver em outro lugar. Sempre teve essa vontade, mas nunca tivera coragem de sair de cena sem ser convidado. Cansou de esperar e resolveu convidar a si mesmo para estrear um outro espetáculo, interpretar um outro papel, no lugar-comum do teatro da vida.
Na estação, dentro do trem já em movimento, pensou em olhar para trás para ver pela última vez o lugar onde nascera e vivera até então. Mas não conseguiu, e continuou olhando para frente, para o nada, em busca de um novo horizonte. E de alguma outra coisa. Mas ele não sabia o que.
Era hora de iniciar uma nova vida. Era hora de começar de novo.
Trinta anos. Como passa rápido não? “O tempo não pára...” cantarolou. É verdade, o tempo não pára.
Em trinta anos ele fez de tudo um pouco. E viveu bastante. Teve uma bela infância. Muito mimado pelos pais, sempre teve tudo o que quis. Foi crescendo e percebendo que nem sempre se consegue o que se quer. Na adolescência percebeu-se diferente dos colegas. Era mais discreto, calado. Tinha fama de intelectual, apenas pelo fato de gostar de ler e de estudar.
Alcançou a maioridade e passou a ver a vida de uma forma diferente. Na verdade, passou a entender algumas coisas e aprendeu que o mundo - e a vida - não é uma maravilha.
Durante seus trinta anos vividos, colegas teve inúmeros. Amigos de verdade, poucos. Mulheres não foram muitas, apenas o bastante. Preferia solidão ao sofrimento do fim de uma relação. No trabalho fizera sucesso. Competência nunca lhe faltou, e a recompensa era o crescimento dentro da empresa. O que incomodava era a rotina. Precisava se libertar daquilo, da prisão do dia a dia.
Queria ir embora dali, viver em outro lugar. Sempre teve essa vontade, mas nunca tivera coragem de sair de cena sem ser convidado. Cansou de esperar e resolveu convidar a si mesmo para estrear um outro espetáculo, interpretar um outro papel, no lugar-comum do teatro da vida.
Na estação, dentro do trem já em movimento, pensou em olhar para trás para ver pela última vez o lugar onde nascera e vivera até então. Mas não conseguiu, e continuou olhando para frente, para o nada, em busca de um novo horizonte. E de alguma outra coisa. Mas ele não sabia o que.
Era hora de iniciar uma nova vida. Era hora de começar de novo.
Rafael Rodrigues
1 Comentários:
Acho que assistiu o último capitulo da novela"Começar de Novo" hoje (brincadeira). Seu texto está muito bom, gostaria eu de ter esse dom para escrever tão bem. Sucesso minino,torço por você! Bj
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