terça-feira, fevereiro 22, 2005

O rei está nu!

Era uma vez um vigarista especializado em enganar a população local, ele vendia gato por lebre, tomava sorvete de crianças e até roubava dinheiro de cegos. Esse malandro estava muito entediado de suas trambicagens e como a idade estava chegando, pensou que poderia encerrar sua carreira com um golpe de mestre, mas qual seria esse golpe?

Era uma manhã bastante ensolarada, aproxima-se a hora do almoço, para as pessoas comuns, e mais um banquete na corte do rei daquela nação. Este reino não era tão grande , mas a desigualdade era percebida se comparadas suas ruas enlameadas com esgoto a céu aberto e o palácio com piso de mármore, louça de porcelana e talheres de prata(dia-a-dia) e ouro adornado de brilhantes(ocasiões especiais), entre várias outras coisas que denunciavam um pouco a natureza vaidosa do rei. O monarca andava bastante entediado com seus decretos a assinar e as pessoas que deveria condenar à morte por desacato ou desobediência a alguma de suas milhares de leis que formulava para matar o tempo, mesmo com a maioria da população analfabeta; algo, porém, aconteceu para quebrar sua rotina.

“Um tecelão famoso bate à sua porta, magnânimo rei!” anunciou um de seus servos e o rei curioso decidiu receber aquele inesperada visita, mesmo desobedecendo a lei de marcar previamente cada visita ao rei, deveria ser algum presente, imaginou. “Vossa majestade, trago um tecido raríssimo que viajei milhares de km para encontrar. Trouxe do Oriente, uma terra que chamam Índia e não achei ninguém digno de tê-la que não o senhor”, disse o tecelão, “Muito interessante – falou um pouco corado o rei – mostre-me o tecido.”, “O tecido é de ouro, foi costurado com agulhas de diamante, é adornado com brilhantes, tem detalhes em ouro branco e prata, mas tem um porém.”, “Qual porém?” indagou o rei receoso, “O tecido foi feito por mim e uma fada, por ser uma criatura divina o tecido é apenas visto por pessoas inteligentes”. O rei estava curioso e quando o vigarista, digo, o tecelão abriu a caixa e tirou o suposto tecido, pro espanto do rei ele não conseguia vê-lo, mas fingiu achar magnífico e perguntou o preço, “300 mil”, respondeu o tecelão e logo o rei mandou que o dinheiro fosse entregue e chamando seus servos para contemplarem o rei vestido da roupa imaginária, todos para não desagradar o rei elogiaram apesar de verem somente as vergonhas do seu orgulhoso governante. O rei não usava mais roupas, quero dizer, não tirava mais sua roupa real e encantada (o que dava no mesmo) até que num belo dia uma criança que entrara no castelo do rei por um motivo de festa exclamou em alta voz: “O rei está nu!!” e no outro dia estava sendo cortada sua cabeça na guilhotina.

Esse texto foi feito em cima do episódio do Chapolin Colorado, re-adaptado e aqui está, quantos vêem o rei nu?
Eduardo Leite

6 Comentários:

Às 1:04 AM , Anonymous Anônimo disse...

Acho que todos os escritores são mais ou menos como reis nus. E não falo mais nada :X

 
Às 1:04 AM , Anonymous Anônimo disse...

Acho que todos os escritores são mais ou menos como reis nus. E não falo mais nada :X

 
Às 1:04 AM , Anonymous Anônimo disse...

Acho que todos os escritores são mais ou menos como reis nus. E não falo mais nada :X

 
Às 1:04 AM , Anonymous Anônimo disse...

Acho que todos os escritores são mais ou menos como reis nus. E não falo mais nada :X

 
Às 1:04 AM , Anonymous Anônimo disse...

Acho que todos os escritores são mais ou menos como reis nus. E não falo mais nada :X

 
Às 1:04 AM , Anonymous Anônimo disse...

Acho que todos os escritores são mais ou menos como reis nus. E não falo mais nada :X

 

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