quarta-feira, abril 06, 2005

Sobre Fatos e Flores

São fatos e flores. Luzes e cores. Antíteses aos milhares. Desejos impenetráveis nas mais bélicas calmarias distintas das luzes de seus olhos. De nossos olhos. De todos os olhos.
Os rabiscos aqui escritos só fazem parte de uma vã produção quase nada honrosa, não agora nesse labirinto intransigente que agora se escreve em minha alma.
São tantas falhas e emancipações que meu súbito impulso é como a água, e escorre sem cessar. Mas água demais sempre faz mal. Assim como tudo em excesso em nossas vidas malditas. Me fiz um corte, mas tenho medo de perder sangue demais. Choro, mas tenho medo que eu chore demais.
Movimentos tão notórios, claros e distintos que deformam a mais clara das luzes, ou será só reação do inesperado áspero de algo que ainda não sei como descrever.
Hoje eu não quero escrever poética, mas ao menos é isso que me restou. Tudo que disser hoje serão palavras mal construídas em meio a algo que eu sei o que é e não sei o que é. O tudo e o nada. O claro e o escuro. E todos os paradoxos de comparação banal que parcos escritores já fizeram.
Hoje eu fecho o livro. E não abro mais. Ao menos não nessa hora. Mas algo dentro de mim me diz o óbvio: “Você irá abrir-lo em muito pouco tempo”.

Thiago Augusto
(24/10/03)

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