quinta-feira, novembro 10, 2005

Conversações - II de II

Sir Thiago,

Responder-te-ei (gostou, gostou?) na mesma moeda. Todos temos falhas. O mérito não está em reconhecê-las, e sim, em não demonstrá-las, escondê-las.

O mal do ser humano está aí. Ao revelarmos nossas falhas, ficamos absolutamente nus diante do mundo, diante daqueles que nos conhecem a fundo. E quem pode - e vai - algum dia nos levar ao fundo do poço, nos mostrar realmente o que é o inferno, são esses que realmente nos conhecem. Ou um pouco do que somos. Quem não tem profundo conhecimento de quem somos ou de nossa personalidade, jamais nos causará profundo mal. Apenas físico. E esse é o menor.

Quem pode realmente te derrubar, é teu melhor amigo, tua melhor amiga, que te tem nas mãos. Quem pode me derrubar, é você, é minha namorada, são meus amigos. Só estes têm capacidade de realmente me abalar e deixar marcas em minha consciência.

Por que estou divagando tanto sobre isso? Estou respondendo sua pergunta: "Eu tenho armas em minhas mãos. E pretendo usá-las. Você me julgará ou segurará quem eu quero para eu poder apunhalar?"

Não farei nem uma coisa nem outra. Disponho apenas das palavras que escrevi acima. Você deve refletir sobre isso e ver se realmente vale a pena. Porque a dor é mais profunda quando sabemos quem a causou, e que foi de propósito.

Pense bastante nisso antes de tomar qualquer decisão. Nesse momento, lavo minhas mãos, tal qual fez Pilatos - que não deveria tê-lo feito.

Talvez nem eu, mas uma vez já te julguei, você lembra muito bem. Desta vez me abstenho. Tenho este direito.

Aqui faz sol. Mas dentro de mim está nublado. Aí chove, mas e em você?

Até a próxima,
Rafael
(06/10/2005)

1 Comentários:

Às 6:09 PM , Anonymous Anônimo disse...

Meu último texto é de interesse geral, por isso, gostaria que fosse lá conferir e deixasse um comentário. Aqui, volto logo logo (obs.: esse meu comentário é padrão, e todos os meus admiráveis colegas blogueiros o receberam como você). Beijo no coração!

 

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