quinta-feira, novembro 03, 2005

Encontro (não) marcado - Parte II de III

E aquele senhor passou a falar sobre a vida, sobre o tempo. Disse todas aquelas coisas que dizem os pais e que poucos levam a sério. Mas por ser outra pessoa, um desconhecido, Eduardo prestou atenção.

- Nunca, Eduardo. Nunca, jamais deixe que se aproveitem de sua boa vontade. Você tem muito de seu pai, um homem honesto, digno, muito honrado. Mas tem também muito de sua mãe, uma mulher sensível, que esquece de si para ajudar os outros. E os outros, Eduardo, não vão se esquecer deles para algum dia te ajudar. Faça apenas o que lhe for possível, garoto.

Isso só pode ser brincadeira, pensava Eduardo. O homem parecia ler seus pensamentos.

- E mais: não deixe seus pais pensarem que você não os ama. Tudo o que você tem são seus pais. Dê sempre o melhor de si, Eduardo. Não desanime nunca. Você é muito mais capaz do que pensa. Esqueça essa sua idéia absurda de que você não pode errar. É isso o que te atrapalha tantas vezes. Permita seu próprio erro, ninguém é infalível. Você não precisa ser. Depois de uma pausa, ele prosseguiu:

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