Espelho - Parte I de IV
Acordou, e a primeira coisa que fez foi olhar o relógio. Cedo. Era cedo demais. Acordara apenas pelo costume de todo dia levantar-se aquela hora. “Que droga”, pensou. Não precisava acordar cedo, era feriado e o banco não abriria. Tentou voltar a dormir e não conseguiu.
Levantou-se e fez o próprio café: torradas, ovos fritos, algumas frutas. Depois de alimentado, deu uma rápida saída, para verificar a caixa de cartas. Um costume trazido de sua adolescência. Fazia isso todos os dias, mesmo domingos e feriados. Estranhou encontrar ali uma carta.
Além de ser feriado, há anos não recebia uma. É um homem solitário. Seus pais faleceram há algum tempo e ele se afastara dos irmãos. Não casou – não encontrara a pessoa certa – era o que dizia. É do tipo que não gosta de sair. Seus colegas de trabalho bem que tentaram – não tentam mais – convence-lo a ir a algumas festas, mas ele sempre recusara. Ser só, para ele, era um excelente estilo de vida.
Por isso estranhou a carta. Ainda mais por estar sem remetente. Como era mesmo para ele, e estava escrito “importante” no envelope, deixou a correspondência na mesa da sala e foi assistir tv.
Mais de sessenta canais e nada de interessante. Entediado, resolveu abrir a carta. Apenas uma folha com os dizeres “Deseja encontrar o que tanto procura? Encaminhe-se para o endereço abaixo”.
Encontrar o que procura? Novamente leu a mensagem e se certificou de que era mesmo endereçado a ele aquele envelope. Feito isso, pensou: “O que procuro? Eu não procuro nada. Brincadeira idiota”.
Jogou a carta no lixo.
Levantou-se e fez o próprio café: torradas, ovos fritos, algumas frutas. Depois de alimentado, deu uma rápida saída, para verificar a caixa de cartas. Um costume trazido de sua adolescência. Fazia isso todos os dias, mesmo domingos e feriados. Estranhou encontrar ali uma carta.
Além de ser feriado, há anos não recebia uma. É um homem solitário. Seus pais faleceram há algum tempo e ele se afastara dos irmãos. Não casou – não encontrara a pessoa certa – era o que dizia. É do tipo que não gosta de sair. Seus colegas de trabalho bem que tentaram – não tentam mais – convence-lo a ir a algumas festas, mas ele sempre recusara. Ser só, para ele, era um excelente estilo de vida.
Por isso estranhou a carta. Ainda mais por estar sem remetente. Como era mesmo para ele, e estava escrito “importante” no envelope, deixou a correspondência na mesa da sala e foi assistir tv.
Mais de sessenta canais e nada de interessante. Entediado, resolveu abrir a carta. Apenas uma folha com os dizeres “Deseja encontrar o que tanto procura? Encaminhe-se para o endereço abaixo”.
Encontrar o que procura? Novamente leu a mensagem e se certificou de que era mesmo endereçado a ele aquele envelope. Feito isso, pensou: “O que procuro? Eu não procuro nada. Brincadeira idiota”.
Jogou a carta no lixo.
Rafael Rodrigues
1 Comentários:
Como já devem saber, estou de posse de outro blog, o Por Todos os Lados. E lá, acabo de escrever o primeiro texto. Convite feito à festa de inaguração. http://portodososlados.blogspot.com
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