Literariamente falando 2 (espero que seja a parte final)
O rapaz da Veja ataca novamente. E dessa vez de graça, por nada. Ferindo pessoas sem necessidade. Prejudicando quem está labutando por um espaço. Sabem como é difícil sair do nada e ser alguém? E ainda ter um algoz pronto pra pisar, jogar terra e impedir de você sair do buraco?
Então.
Quem puder, leia a Veja da semana passada e a desta semana. Lá nas últimas páginas, matérias sobre literatura. Já falei do conteúdo da última semana e agora falo da atual. O Jerônimo, que já havia tecido comentários maldosos sobre o Literatura Urgente, agora focaliza suas palavras malignas em Marcelino Freire e em João Filho, amigo querido que conheci em Salvador e escritor competente.
Pois me deu vergonha de ler aquilo. Senti a vergonha que Jerônimo Teixeira deveria ter sentido. E a vergonha que os editores da Veja também deveriam ter sentido quando deixaram aquilo ser publicado. E resolvi desabafar e mandei alguns dizeres à aredação da revista.
Se lerão, não sei. O Marcelino fez melhor. Mandou uma carta ao editor-chefe, Mário Sabino. E espero que venham as desculpas. E espero que tenham consciência. E espero que não façam mais isso com outro alguém.
Abaixo, meu desabafo. Leiam a carta do Marcelino em www.eraodito.blogspot.com
" 'Sobre "Revelações de Parati'
É vergonhoso abrir a Veja e ler uma reportagem desse calibre. Jerônimo Teixeira pelo visto só se importa em denegrir a imagem e a arte produzida por alguns escritores que mal algum lhe fizeram. Aliás, mal algum fizeram a alguém. A FLIP tem revelado sim grandes e bons escritores. Marcelino Freire tem uma prosa ímpar no país. João Filho também. E são pessoas incapazes de algum tipo de baixaria. As palavras escritas por Jerônimo Teixeira e publicadas na Veja desta semana se encaixam perfeitamente a esse adjetivo: baixaria. É um golpe baixo. Conheço os dois escritores citados, o primeiro virtualmente e tive o prazer de passar horas conversando com João Filho em pessoa e sei o quanto cada um penou pra chegarem onde estão. João, que é do interior da Bahia, está morando em Salvador de favor, buscando um emprego que o sustente e sustente sua família. Foi convidado da FLIP deste ano, e se não fosse isso, não iria a Parati. Jerônimo Teixeira talvez não saiba desses fatos. Não é pra sentir pena. É pra sentir orgulho de um homem que veio do nada e escreveu um livro que foi aclamado quase que em unanimidade. Pena a Veja permitir ataques desse tipo a dois escritores que estão mostrando seus talentos e ajudando os novos, como fazem Marcelino e João. Será um prazer ligar para vocês e cancelar minha assinatura. Sem mais, Rafael Rodrigues."
Rafael Rodrigues
* Em tempo: João Filho está tranquilo, e diz que essa coisa toda talvez seja até benéfica, "é propaganda inversa", palavras dele. Está em Bom Jesus da Lapa. Foi ver a família, já que estava na FLIP. E antes estava em Salvador, tentando encontrar um emprego. Vida longa ao João e tudo de bom, porque ele merece!
1 Comentários:
eles geralmente soh se importam com quem de alguma forma contribui para eles ou divide das mesmas idéias apenas... n se reconhece talento nas diferenças, ataca-se impiedosamente...
tomara que funcione como propaganda inversa, assim espero
grande abraço
Dudu
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