quarta-feira, dezembro 14, 2005

Seria vergonhoso, se não fosse engraçado (na verdade, foi vergonhoso mesmo) - Parte I

* Post inspirado no blog de Saulo Szinkaruk, o Mujique -> www.insanus.org/mujique


Deveria ser um dia de festa, aniversário de 18 anos de um colega com uma situação financeira bem confortável. Ou seja, "festa de arromba".

Iríamos todos da sala, praticamente. Estávamos no 3º ano do colégio e, para nós, tudo era festa. Era o último ano que teríamos juntos. Depois, cada um iria pro seu lado, como de fato aconteceu. Poucos mantiveram contato.

Sempre que saíamos juntos falávamos na despedida, no dia em que nosso ano letivo teria fim, nos vestibulares que faríamos e nas amizades que durariam eternamente. Acontece que palavras ditas regadas à cerveja podem ter a graça de uma boa notícia e a infelicidade de um mal entendido. Foi o que aconteceu naquele dia.

Enquanto tomávamos uísque 12 anos e cerveja que desce redondo, um de nós propôs: "vamos chamar uma stripper". Não com essas palavras, claro.

Todos concordamos imediatamente. O plano era o seguinte: fazer uma surpresa nossa para o aniversariante. Ela não entraria no espaço que a família dele alugara, faria o striptease na carroceria de uma caminhonete. Seria tudo discreto, só nós saberíamos disso.

Bem, esse ERA o plano.

Recolhemos o dinheiro, e apareceu o primeiro entrave: um de nossos amigos, que estava acompanhado de sua namorada, não concordou. Tentarei ser o mais sucinto possível: ele conseguira a muito custo que o sogro a liberasse para ir a essa festa. O pai dela é bem conservador. Eles passaram quase dois anos namorando escondidos por causa disso, só a mãe dela sabia.

Mesmo sem sua bênção, chamamos a stripper.


Rafael Rodrigues

1 Comentários:

Às 1:57 PM , Blogger Saulo disse...

ah, essa história promete, hein?
aguardo ansioso.

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial