quarta-feira, setembro 27, 2006

Balada do Cão

Abri os olhos. Foi uma briga horrível pelo que posso me lembrar. Estou há dois dias deitando na cama sem encontrar o sono. Tendo que passar horas, madrugada, para dormir quando o cansaço me vence.

Algumas daquelas palavras grudaram em minha mente, não querem sair. As palavras ferinas que me machucaram, meus espinhos e pregos fazendo o crucificar de alguém.

Toca o telefone, abro os olhos pensando ser madrugada. Erro gigantescamente, o relógio marca quatro horas da tarde. Atendo, Vanessa do outro lado, com sua voz adocicada, dizendo as mesmas palavras de sempre.

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segunda-feira, setembro 25, 2006

Sou um suicidário?

Eu sempre pensei em postar isso no blog, mas sempre declinei, para não preocupar a minha namorada.

Mas agora, que li isto, fico mais tranquilo:

"Nunca dirijo meu carro por cima de uma ponte sem pensar em suicídio. Quero dizer, não fico pensando nisso. Mas passa pela minha cabeça: SUICÍDIO. Como uma luz que pisca. No escuro. Alguma coisa faz você continuar. Saca? De outra forma, seria apenas loucura. E não é engraçado, colega. E cada vez que escrevo um bom poema, é mais uma muleta que me faz seguir em frente."

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quinta-feira, setembro 21, 2006

Divagar

A verdade é um conto de fadas
Tomou a honestidade por decepção
O amor doce e árdua criação do homem
Trocou-se pela efêmera paixão

quarta-feira, setembro 20, 2006

Dicas úteis para uma vida fútil

Quanto melhor o livro, mais complicado escrever sobre ele. Não sei se com os críticos é assim, mas comigo, mero “recomendador” de livros, é.

A responsabilidade é maior, creio eu. Um texto mal escrito pode espantar leitores, ao invés de fazer com que eles procurem a obra, se interessem por ela. Afinal, é essa a intenção de uma resenha: fazer com que o leitor procure o tal livro, folheie ele em alguma livraria, busque informações na internet, procure um amigo que tenha a obra para emprestar.

(Se seu amigo for como eu, desista. Ele inventará mil motivos para não emprestar o livro).

Ainda mais se ele for “Dicas úteis para uma vida fútil” (Relume Dumará, 224 págs.), de Mark Twain. Com o subtítulo de “um manual para a maldita raça humana” é um livro imperdível.

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segunda-feira, setembro 18, 2006

Palavras Finais

É assim: Eu encerro por aqui minha obra, estúpida, que nada fez à mim a não ser consumir meu inútil tempo nessa vida. Deixo essas palavras podres para quem quiser ler. Na esperança que meus versos mudem alguem que não eu.

Rasgo as prosas nunca terminadas, quebro os lápis para evitar as tentações e espero, com severo desejo, que tudo vire o seco pó dentro de mim. Não deixando inspiração alguma sair por qualquer fio de meu traumatismo.

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sexta-feira, setembro 15, 2006

Resolvi parar de escrever (Parte 3 - Final)

Teve um cara – acho que ele mora ou morava, não sei mais, no Rio de Janeiro – que leu um texto meu que era mais ou menos assim: um professor universitário, que também era escritor, sempre andava com um livro na mão. Sempre lendo, o tempo inteiro. No ônibus, em filas de banco, em salas de espera, sempre com um livro na mão. Na sala de aula, ele mandava seus alunos se dividirem em grupos e fazer qualquer trabalho medíocre, enquanto ele lia alguma obra ou escrevia algo para seu eterno novo livro, que nunca acabava. O conto não tinha nada de mais, mas o tal carioca me enviou um email, perguntando em que faculdade eu dava aula, pois ele queria ser meu aluno quando ingressasse na faculdade.

Mas isso não me faria parar de escrever, óbvio. O que me fez parar mesmo, além de eu quase ser preso, foi um outro conto.

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quarta-feira, setembro 13, 2006

Resolvi parar de escrever (Parte 2)

Bom, até aí tudo bem. Até que dava pra agüentar. Era só responder umas trocentas vezes a mesma coisa. “Não, não aconteceu comigo. Eu inventei mesmo”. Ou então, dizer que aconteceu com um amigo. Acho que dava pra levar. Mas as perguntas e suspeitas não ficaram apenas nisso. A polícia entrou no meio.

Acham que estou brincando? Estou falando seriíssimo. É porque o jornal aqui da cidade não tem site, senão mostrava o link pra vocês. Ah, esqueci de dizer que a cidade onde moro é um ovo. Interior e tal, não é uma cidade grande. E as pessoas que vivem aqui, vocês precisam ver, têm uma mentalidade tão pequena, que vou te contar. E o bonitinho aqui inventou de criar um blog. Eu devo mesmo me achar melhor que todo mundo, como o Raskolnikov, do Dostoievski. Mas também, tenho motivos pra achar isso. Ninguém que eu conheço aqui na cidade leu Dosto. Nem Nietzsche. Que, de certa forma, roubou a teoria do Super-Homem do velho Dosto. Sacanagem. Mas enfim.

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segunda-feira, setembro 11, 2006

Resolvi parar de escrever (Parte 1)

Sim, é isso mesmo que você leu no título. Não vou mais escrever, parei. Este é o meu último texto, minhas últimas palavras escritas para algum público. E estou falando sério.

Isso não deve fazer muita diferença para você. Você já ouviu falar de mim? Não. Então.

Não tenho livros publicados; sequer tenho um conto ou um poema em alguma dessas coletâneas que andam lançando quase todo mês. Sou um escritor de blog, só isso. Escrevo minhas histórias e posto no meu blog. Algumas pessoas lêem, comentam – a maioria não, é claro – e é só. Mas nos últimos tempos algo aconteceu, e minha relação com o blog e a escrita mudou drasticamente.

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terça-feira, setembro 05, 2006

A vida como ela é

Quando me deu a notícia de que estava grávida, fiquei sem (re)ação. É lugar-comum, mas é verdade. Ou então demonstrei estar chocado, não sei. Deve ter sido isso, pois ela foi logo me dizendo que não precisava assumir nada, que ela cuidaria do bebê sozinha, essas coisas. Você vê isso em novelas e filmes, não precisa eu explicar aqui.

E eu disse que não, não era bem assim. Precisávamos conversar a respeito. Acho que nesse momento, ela pensou que eu fosse propor um aborto. Longe de mim, apesar de eu ser a favor. Mas não iria pedir para ela tirar o meu filho.

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sábado, setembro 02, 2006

Mariana - Parte Final

Num quarto mal iluminado, sentiu recobrar a consciência. Aos poucos, a vista antes embaçada, formou uma imagem, revelou a silhueta de seu algoz.